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Vamos falar sobre a importância do ascendente para a sua vida? Todo mundo comenta: “Ah, eu sou Peixes com ascendente Gêmeos”, “Eu sou Virgem com ascendente Sagitário”… Mas o que é, de fato, o ascendente?

Vamos começar falando de quatro pilares fundamentais para que a gente possa construir aquilo que somos ou que pretendemos ser enquanto potência. É importante observar quatro pontos, quatro posições estruturais da nossa carta natal.

Uma delas é a posição do Sol. O Sol é o signo que você conhece pelo mês do nascimento, aquele que aparece nos horóscopos das revistas e dos jornais. Outro ponto é a Lua. A Lua não é tão simples de identificar, pois muda de signo a cada dois dias e meio, mais ou menos. Por isso, é necessário usar uma tabela ou fazer um cálculo num programa de astrologia para saber sua posição no momento do nascimento.

Se você quiser saber a sua Lua, assim como o seu ascendente, é só acessar aqui e calcular gratuitamente sua carta natal. Ali, você encontrará a listagem com os signos do seu Sol, da sua Lua e, claro, do seu ascendente. Mas então, o que é o ascendente?

Mulher olhando para o espelho em uma casa de campo
Foto: Envato

Ascendente, uma linha no seu céu

O ascendente é o signo que estava nascendo no horizonte no exato momento em que você respirou pela primeira vez. Por isso, é indispensável ter a hora correta de nascimento para identificá-lo. Vou explicar melhor o seu significado.

O ascendente muda de signo a cada duas horas. O Sol muda de signo a cada mês, a Lua a cada dois dias e meio, e o ascendente, como dissemos, a cada duas horas. Temos também um companheiro importante do ascendente: o Meio do Céu. Se o ascendente aponta para o nascente, o lugar onde o Sol e as estrelas despontam, o Meio do Céu aponta para o alto do céu, o ponto onde os planetas estão ao meio-dia, bem acima de nossas cabeças.

Esses quatro pilares podem ser relacionados, de maneira simbólica, com quatro dimensões de quem somos: o Sol representa o mental; a Lua, o emocional; o ascendente, a expressão corporal, a forma como nos apresentamos ao mundo; e o Meio do Céu, aquilo que desejamos ser, nossa projeção, nossa atuação no mundo. Em muitas culturas, o Meio do Céu se relaciona com a carreira, com aquilo que deixamos como legado.

O ascendente como um pilar na vida

Muitas pessoas dizem que o ascendente não é tão importante quanto o Sol, ou até quanto a Lua. Mas não existe isso de mais ou menos importante. Cada um desses pilares tem sua função, seu papel. E, se tirarmos um deles, o conjunto desmorona. Todos são essenciais. Um dia, prometo gravar um vídeo especial sobre o Sol, com algumas funções pouco conhecidas. Por ora, vamos focar na importância do ascendente para a nossa vida.

Tecnicamente, como já mencionei, o ascendente é o signo que estava surgindo no horizonte leste no momento exato do seu nascimento. Isso ocorre porque a Terra está em constante rotação, fazendo com que os signos “apareçam” no horizonte de maneira cíclica. O signo que desponta nesse instante é o que chamamos de ascendente. Ele é o signo que emerge, que chega junto com você, que se mostra desde o início.

Vamos fazer uma analogia: se o Sol é o meu nome (por exemplo, Cláudia), e a Lua é o meu sobrenome (Lisboa), o ascendente seria o meu apelido, aquilo que os mais próximos reconhecem como característico de mim. No meu caso, amigos íntimos me chamam de “Crau”. Esse apelido é uma marca, um sinal de singularidade, um traço expressivo que me diferencia. Assim é o ascendente: ele dá cor, estilo, forma à forma como nos colocamos no mundo.

Assista também ao vídeo: O ascendente e meu estilo de ser

O ascendente fica mais forte em algum momento da vida?

O ascendente se manifesta desde muito cedo, mas é comum que não tenhamos consciência dele. É como a cor dos nossos olhos: se ninguém nos disser ou se nunca nos olharmos no espelho, não sabemos qual é. Assim é com o ascendente: ele aparece nos nossos gestos, na nossa maneira de ser, mas não conseguimos percebê-lo com clareza até que desenvolvamos consciência sobre nós mesmos. É o espelho do outro que nos ajuda a ver, é o autoconhecimento que nos revela.

Por isso, criou-se a ideia de que o ascendente “fica mais forte depois dos 30”. Não é que ele se fortaleça com o tempo. Ele sempre esteve ali. A diferença é que, com a maturidade, ganhamos mais percepção sobre nossa identidade, sobre como nos expressamos, sobre a imagem que transmitimos. Começamos a reconhecer nossas expressões, nossa presença, nosso estilo. Isso é assumir a potência do ascendente.

O ascendente também se manifesta no corpo. Ele indica um jeito de estar presente. Por exemplo, meu ascendente é Touro, e Touro rege a região da garganta. Muitas vezes sou reconhecida pela minha voz, que é uma marca da minha presença taurina no mundo. O ascendente, assim, também se expressa fisicamente: nos gestos, no tom de voz, no olhar, na forma de se mover. É o modo particular com que a alma se encarna.

Fica a dica: comece a observar seus gestos espontâneos, seus modos naturais de se apresentar, as primeiras impressões que você causa. Aí mora a potência do seu ascendente. Em breve, trarei mais informações sobre os outros pilares: Sol, Lua e Meio do Céu, para completarmos essa análise profunda sobre quem somos e como nos tornamos.

Ascendente e identidade na vida cotidiana

A importância do ascendente para a nossa vida também se revela nas situações mais simples do cotidiano. Sabe aquela primeira impressão que você causa quando entra em um ambiente novo? Aquela energia que você transmite mesmo antes de falar qualquer coisa? Isso é a atuação do ascendente. Ele não apenas define um estilo visual, mas também comunica ao mundo algo sobre quem você é, mesmo sem você ter consciência plena disso. Por isso, o autoconhecimento passa necessariamente também por observar como você se manifesta.

Mais do que uma fachada, o ascendente é um traço essencial da identidade. Muitas vezes, ele é confundido com uma “máscara”, mas essa ideia é superficial. O ascendente é real, é autêntico. Ele expressa uma parte importante de quem somos e é através dele que conseguimos traduzir nosso mundo interno para o externo. Ao nos apropriarmos da linguagem do nosso ascendente, ganhamos mais autonomia para construir relações saudáveis, ambientes mais alinhados com nossa energia e escolhas mais conscientes.

Portanto, o ascendente é uma ferramenta poderosa de comunicação e reconhecimento. Ele não é apenas um dado técnico da astrologia. Ele é parte viva da experiência. Entendê-lo pode nos ajudar a ganhar confiança, ajustar formas de expressão e, principalmente, nos sentir mais confortáveis dentro de nossa própria pele. Afinal, quem se conhece, se respeita. E quem se respeita, se torna capaz de florescer.

Veja também: Três curiosidades sobre o ascendente

A relação entre ascendente e corpo

Outro ponto que reforça a importância do ascendente para a nossa vida é sua conexão com o corpo. Cada signo ascendente está ligado simbolicamente a uma parte do corpo ou a uma forma particular de habitar esse corpo. Isso não significa que todas as pessoas com ascendente em Áries, por exemplo, têm a mesma aparência, mas que tendem a expressar sua presença com certas características corporais marcantes: a postura, o olhar, a maneira de andar.

Essa relação também se estende ao estilo de vestir, de gesticular, de ocupar espaços. O ascendente fala do gesto espontâneo, daquele movimento que você não ensaiou, mas que acontece sempre. Observar o corpo com atenção pode revelar muito sobre como você se coloca no mundo e como o mundo te percebe. Por isso, é comum que, com o tempo, pessoas passem a se vestir de forma mais coerente com o seu ascendente, mesmo sem saber.

Resgatar essa consciência corporal é uma forma de integração. Quando nos afastamos de nossa forma natural de ser, podemos experimentar desconforto, estranhamento ou dificuldade de expressão. Já quando habitamos nossa identidade de forma autêutentica, inclusive corporalmente, ganhamos mais liberdade.

Ascendente e jornada de autoconhecimento

Finalmente, é importante destacar que o ascendente é uma das chaves mais profundas para o autoconhecimento. Ele representa o início da nossa jornada na vida, e é por meio dele que entramos em contato com o mundo. No entanto, ao longo do tempo, ele também se revela como um caminho para voltar-se para dentro. Observar como você reage instintivamente, como se apresenta, como sente sua presença no mundo, é uma porta de entrada poderosa para compreender seus desejos, seus limites e suas potências.

Não é um papel que você representa, mas um convite que a vida faz: seja quem você é, com coragem, consistência e singularidade. Assumir o ascendente é como aceitar a tarefa de expressar no mundo tudo aquilo que você é por dentro, mesmo que isso leve tempo, mesmo que isso mude ao longo da vida.

Por isso, o ascendente não é apenas um ponto técnico ou estético. Ele é uma ferramenta viva, que acompanha nosso desenvolvimento, nossa consciência e nossa maturidade. Reconhecer a importância do ascendente para a nossa vida é começar a nos enxergar com mais profundidade e respeito. E isso é transformação.

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