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Falar sobre o amor e sobre os relacionamentos é um tema que nunca se esgota. Em consultas, aulas e encontros, sempre recebo perguntas sobre amor e astrologia: o amor no mapa natal e o amor em momentos importantes da vida.

Por isso, dedico este artigo a um estudo básico de como vemos o amor em um mapa astrológico, no mapa natal. Vamos começar pelos elementos que fazem parte desse conjunto de informações que, para mim, são essenciais em um relacionamento para que ele seja profundo, verdadeiro, possível, realista e encantador. Essas posições envolvem o elemento lunar. Quais são eles? A Lua, os nodos lunares e Lilith.

Coração de design psicodélico
Foto: Envato

Os pontos do seu céu e o amor

Desses três elementos, um é um astro com corpo físico — a Lua, nosso satélite —, e os outros dois são pontos virtuais. Eles tratam das nossas conexões, e já explico a diferença entre eles, especialmente entre Lua e Lilith.

Outro elemento importante, claro, é a posição de Vênus, a deusa do amor. Depois, temos algo chamado Sétima Casa, ou Descendente, que explicarei mais adiante. E, por fim, a relação da Sétima Casa com a Quinta Casa, que também diz respeito aos relacionamentos.

Como você pode ver, não é tão simples. Podemos dizer que, a partir do elemento de Vênus, entendemos como funcionam nossas relações e o que é necessário para termos dentro de nós algo que emane e crie essa química e conexão com outras pessoas.

A Lua e a intimidade

Comecemos pela Lua. Temos o par Sol e Lua e, desde a antiguidade, a Lua está associada tanto à fertilidade da terra — em relação à agricultura e ao que o solo nos oferece — quanto à procriação nas mulheres. O ciclo mensal da Lua é muito semelhante ao ciclo menstrual feminino. A Lua cresce, incha, atinge o tamanho máximo na fase cheia e depois mingua, diminui. Isso remete, desde tempos antigos, à barriga que cresce durante a gestação e volta ao tamanho original após o parto.

Por isso, a Lua sempre foi associada ao feminino, que, culturalmente, fala sobre os nossos vínculos. Ao falar de procriação, falamos também das relações com os filhos e do ato de cuidar — algo que, culturalmente, associamos ao universo feminino. Mas é importante lembrar que esse elemento está presente em todos nós, independentemente do gênero.

A Lua é a nossa conexão com o que nos faz sentir seguros, com o que nos permite sentir intimidade em uma relação. Sem esse conforto e segurança, o relacionamento não se aprofunda, não progride e não ganha densidade emocional. No início de uma relação, essa “proteção lunar” é instintiva — um cuidado para evitar que algo nos fira. É como o caranguejo, símbolo de Câncer: um animal frágil, mas protegido por uma carapaça dura. Com o tempo, essa intimidade se abre, e começamos a nos sentir à vontade.

A Lua no mapa indica, portanto, o que é necessário para que esse vínculo íntimo seja criado. O signo onde está a Lua fala da qualidade dessa intimidade; a casa astrológica onde está indica em qual área da vida essa intimidade se manifesta.

Lilith: liberdade e desejo

Lilith é o lado oculto e sombrio da Lua, o ponto em que ela está mais distante da Terra em sua órbita. É a condição de liberdade dentro de uma relação: não preciso do outro para ser feliz.

Enquanto a Lua busca segurança, Lilith exige autonomia. No signo em que está, Lilith mostra o que não toleramos abrir mão e o que nos atrai eroticamente. Pode ser a maneira como alguém fala, se movimenta, seu silêncio ou introspecção — tudo dependendo do signo e da casa em que ela se encontra.

Lilith também revela onde lidamos com nossas dores e desejos mais profundos. É o território da verdade nua, onde nos expressamos sem máscaras.

Assista também ao vídeo: Vamos falar de amor na astrologia?

Nodos lunares: direção e evolução

Os nodos lunares — Norte e Sul — indicam a direção de crescimento. Eles mostram onde a relação precisa evoluir. Observar o signo e a casa dos nodos e a relação com Lua e Lilith ajuda a entender como equilibrar segurança e liberdade.

Costumo brincar que a Lua morre de inveja de Lilith por ser livre, e Lilith tem inveja da Lua por ter um ombro para se apoiar. Esse equilíbrio entre autonomia e conexão é vital para um relacionamento saudável.

Vênus: o encanto e a atração

Vênus é o magnetismo, a ponte que nos faz querer estar com alguém. Enquanto Lilith tem um apelo mais sexual, Vênus desperta o encantamento romântico.

O signo de Vênus indica o que nos atrai: se está em um signo sensível, buscamos pessoas poéticas e artísticas; se está em um signo prático, nos sentimos atraídos por atitudes concretas, como gestos de cuidado no cotidiano.

A casa de Vênus mostra como vivenciamos esse desejo: se está em uma casa mais voltada ao “eu”, partimos para a conquista; se está em uma casa de relacionamentos, esperamos um sinal do outro para agir.

Casas astrológicas do amor

A Quinta Casa fala da paixão e da capacidade de se encantar — algo ligado à autoestima. Quanto mais confiantes somos, mais capacidade temos de amar.

A Sétima Casa, oposta ao Ascendente, mostra o que descobrimos sobre nós mesmos por meio do outro — como um espelho. É também associada a Vênus e revela o tipo de pessoa que nos atrai e como vivemos os compromissos de parceria.

Conclusão

O amor no mapa natal não se resume à posição de Vênus. É um conjunto de fatores — Lua, Lilith, nodos, casas astrológicas — que se entrelaçam para revelar como nos conectamos, o que nos dá segurança e o que precisamos para sentir liberdade.

Entender essa combinação ajuda a viver relações mais equilibradas, conscientes e verdadeiras — unindo a doçura de ter alguém ao lado com a liberdade de ser quem realmente somos.

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