Trazemos aqui três curiosidades sobre Lilith que podem transformar a forma como você olha para si mesmo(a). Sabia que Lilith, na astrologia, revela aspectos profundos da sua força interior, desejos reprimidos e potencial de libertação? Em geral, Lilith está associada à sombra, à sexualidade e à potência feminina indomável. Mas sua simbologia vai muito além! Continue lendo para descobrir três curiosidades sobre esse ponto misterioso do céu!

Lilith e a conexão com uma deusa do amor
Muita gente conhece Lilith como a figura mítica que teria sido a primeira esposa de Adão, antes de Eva. Uma mulher que se recusou a se submeter e escolheu partir do paraíso. Mas essa é apenas uma das muitas narrativas associadas a Lilith, e, na verdade, não é a mais antiga.
Antes mesmo de aparecer nas tradições hebraicas, Lilith já era mencionada em mitologias da Mesopotâmia, onde sua imagem se entrelaçava com símbolos do feminino profundo, da sexualidade e da liberdade. Em algumas dessas narrativas, Lilith está ligada à deusa suméria Inanna, divindade do amor, da fertilidade e da conexão com os ciclos da natureza.
Nesses mitos antigos, Lilith era descrita como “a mão de Inanna”, a mensageira da deusa que ia às ruas convidar as pessoas a se aproximarem do templo, onde o amor e a sexualidade eram vividos como formas de honrar o sagrado. O contato com o divino se dava, muitas vezes, por meio do corpo, do prazer e do desejo, e Lilith representava essa ponte entre o instinto e o espiritual.
Essa origem ancestral nos convida a repensar a imagem de Lilith como algo sombrio ou perigoso. Ao contrário, ela representa a potência da mulher que se conhece, que escolhe, que vive sua sexualidade de forma consciente e livre. Uma energia que nos lembra que o amor, o prazer e o desejo podem ser caminhos legítimos de conexão com algo maior, com o sagrado que habita em nós.
Lilith e uma nova relação com o corpo
Uma das curiosidades mais fascinantes sobre Lilith na astrologia é a forma como sua energia pode ser despertada ao longo da vida por trânsitos, progressões e direções astrológicas. Quando isso acontece, muitas pessoas, especialmente mulheres, passam a sentir um chamado profundo para se reconectar com seu corpo de maneira mais natural, intuitiva e livre de culpas.
Esse despertar costuma vir acompanhado de uma busca por práticas mais alinhadas com os ritmos da natureza: ginecologia natural, fitoterapia, florais, óleos essenciais e formas de cuidado que respeitam os ciclos do corpo. Lilith, nesse sentido, convida a uma escuta mais atenta ao que se sente durante a menstruação, no auge da libido, nos momentos de fertilidade ou recolhimento. Não é apenas sobre saúde, é sobre se reconhecer como parte viva da natureza e resgatar uma relação mais sagrada com o próprio corpo.
Além disso, esse ponto do mapa muitas vezes ativa o desejo de expressar a sensualidade de forma mais autêntica — seja por meio da dança, ou até da escolha de marcar a pele com símbolos que reflitam seu poder e identidade. Em todos esses casos, Lilith traz à tona o poder do prazer consciente, aquele que nasce do autoconhecimento, da autonomia e da liberdade de se expressar como se é, sem vergonha, medo ou repressão.
Lilith nos lembra que o corpo é um templo, e que a sexualidade pode ser uma via de autoconhecimento, cura e conexão com o sagrado. Quando ouvimos esse chamado, abrimos espaço para uma vivência mais plena da própria potência.
Lilith revela o desejo que não se cala
Lilith é também o símbolo da insubordinação, mas não como um gesto de rebeldia vazia. Ela fala sobre a coragem de não se submeter ao que nega nossa essência. Representa o desejo profundo que pulsa em nós e que não pode ser silenciado ou moldado para caber em expectativas externas. É esse desejo que nos mostra o que é inegociável, aquilo que, se ignorado, nos afasta de quem realmente somos.
Essa insubordinação não precisa ser ruidosa ou agressiva. Às vezes, é silenciosa, mas firme. É a escolha de dizer não ao que limita, ao que aprisiona, ao que desconecta. É o rompimento com padrões, papéis e relações que deixaram de fazer sentido, tudo em nome da autenticidade.
Lilith, nesse sentido, é a guardiã da liberdade interior. Ela nos convida a olhar para nossos desejos mais verdadeiros e a respeitá-los como bússola. Seguir Lilith é escolher viver com inteireza, mesmo que isso signifique contrariar normas ou decepcionar expectativas. É aceitar o chamado de se tornar quem se veio para ser, com tudo o que isso envolve: desejo, coragem, limites e verdade.